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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Não são sonetos

PARTE II

Quis apenas,
e acredite meu anjo
ser teu próprio Orfeu .

Me iludi com a lenda
da tal existência
da harpa hipnótica.

Pensei que com acórdes
teria teu coração
que nunca foi teu de fato.

Pensei que como nos sonhos
poderia apenas fechar
os olhos e ir até você.

Acreditei que não negaria
toda esta complacente verdade
exposta em seu olhar.

Mas você negou cegamente
todas as razões que
nos trouxeram até aqui.

E de minhas entranhas,
como fogo sem ar
comecei a esquecer...

Não de você,
mas de todos os por ques...

Não de sua voz,
mas de todos os seus tons.

Talvez vc não saiba,
mas esquecer,
também dói.


Como ver a areia
esvair segundo ma segundo
pela fina fissura.

Como ver seu rosto
desaparecer vida a vida
em um oceano faminto

Como forçar-se a lembrar,
de algo que na verdade,
jamais foi esquecido.

2 comentários:

  1. Amor é difícil de compreender. Orfeu é só um mito antigo. E afirmo que amor de verdade nunca acaba, não chega a ser tão trágico como na lenda, mas se transmuta, como queda dágua que gera energia elétrica que move outras e outras coisas. Belo poema!!!

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  2. Quando vc afirma que amor de verdade nunca se esquece vc está confirmando a estrófe final do poema.Só que discordo de vc; o amor pode ser tão trágico ou mais que na lenda.

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identifique-se ao blogger da maneira mais adequada , ou como anonimo ou como conta do google{o que pode ser contas do yahoo ou hotmail}. Neste caso quando parecer que vc esta saindo do blog 'poemas da alma' e entrando na sua conta de forma misteriosa , é quando vc deve prosseguir para postar o comentário. Quando vc se deparar com essa situação entendera do que estou falando.Boa sorte.