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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Amor na lápide

I

Vejo agora,
como linhas desiguais
outrens de outrora.

Quase não enxergo
as razões que valem
para o que négo.

Sei que me escuta
mas você não sabe
que me escuta.

Sou a voz do seu juízo.
Sou a voz do seu pecado.
Da consciência o principio.

Quando parece que
você vai fraquejar então,
me chame e vou aparecer.

II

Quando o que você vê
e quando o que você sente,
são assim tão diferentes.

A beira de sua lápide,
lá estou eu a orar,
quando uma tristeza me abate...

É você dando seu 'oi'.
Dizendo que saia de lá,
pois você se foi.

É quando com graça,
lhe tento dizer que
o que é imortal não passa.

Enxerguei outro dia,
seu rosto no espelho...
e belo como poderia.

E apesar de admitir não querer,
não havia nada mais,
em nossa relação para acontecer.

III

Se você não tivesse ido,
pois a morte te levou,
por conta teria partido.

Eu não teria forças...
uma de minhas gravatas,
se transformaria em uma forca.

Eu morreria
se você me deixasse,
mais e mais a cada dia.

Ouviria dia a dia
da Harpa diabólica,
a terrível melodia.


IV


Me perguntando fico,
se foi acidente ou,
se foi seu auto-sacrifício?

Será que doeu em ti?
Será que era para doer?
Será que devo esquecer?

Não sei, não sei e não sei.

Só o que sei é que
sinto sua falta mas,
isso me dá prazer.

É como se fosse
na tradução mais literal,
do coração o apêndice.

É como então,
a muleta que devo usar
pra não passar de um aleijão.

Por isso recordo de ti:
Pois pra mim,
jamais partiu...

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