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sábado, 27 de dezembro de 2008

A beira dos rochedos



Agora mesmo
você esta aí
em algum lugar
de um mundo inteiro.
E me sinto impotente
e sem meios de te encontrar.
Ignoro a possibilidade
de que não quer que te encontre.
Que não quer que eu te ache
nessa esquina fria
sem qualquer amigo
nesse mundo tão seu.

Agora mesmo
eu seria hipócrita ao dizer
em que acolhedor lugar estou.
Rodeado de sombras.
Pessoas que não fazem menção
ao real significado
do que é a vida ao certo
nesta besta fogueira santa.
Onde sempre sou queimado
gritando que te amo, para depois
acordar no meio da noite
grunindo que te ví.

Agora mesmo
não sei se já acordei
pois meus olhos estão abertos
mas continuo te vendo.
Pisco então e você some
não me repreendo
porque descobri de forma víl
que certas coisas são irrepreensiveis.
Como sonhar
com o mais belo dos beijos
e com grande surpresa
descobrir-se ainda frágil.

Agora mesmo
imagino como você é.
Não lembro o motivo
de por que esqueci.
Se teu modo de falar
é brando ou temperamental.
Se tudo que nos uniu
foi tudo que nos distânciou.
Sorriamos juntos
choravamos juntos
na busca pelo legitimo
de um sentimento vulgarizado.

Agora mesmo
percebo que por mim [talvez]
não sintas nem pena
que dirá raiva!
Estou auto- exilado
estou me torturando.
Me distâncio das pessoas
pois elas não são você.
Na luta entre o bem e o mal
me encontro estigmatizado.
Não sei se fui bom com você
ou se agí de ma fé.

Agora mesmo
me ocorreu
que de boas intenções
o inferno está cheio.
E mesmo agora
me encontro ainda
a beira dos rochedos
como eu disse que faria.
Grito aos céus
e silencío e silencío.
Acordo no meio da noite
e [surpresa]
tudo não passou de um sonho.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Revivo e mortifico

Tão só agora
e quem diria.
Tão só estou
e que grande irônia.


Rodeado pois já estive
de muitos amigos.
Parecia que jamais acabaria
a camaradagem comigo.


Quando estava com eles
os dias faziam sentido.
Quando estive com eles
e eles estiveram comigo.


Não deixe pra amanhã
o que pode fazer agora.
Não diga que os ama
só quando já foram embora.


Tão só estava
cambaleante pela estrada.
Desejei ser avistado
quando alguém já me avistara.


Tão só agora estou
e como acabei assim.
Veio tão suavemente
que te digo não senti.


Talvez em cada banalidade
de qualquer assunto banal.
Quando esteve tudo em jogo
e o descuido foi total.


Como se fosse um livro
que leio, releio, penso e repenso.
Vejo todos os rostos congelados
presos em um qualquer momento.


Falando a mim,
me contando algo.
Tentando me visar
sobre o futuro contemplado.


E é tão estafante
como depois que tudo esta acabado.
E a dor equivale,
percebe-se que nada está acabado.


A maior irônia
mora aí acredito.
Pois fantasmas vem a noite
dizer o que já foi dito.


Piór que ser inimigo,
é não ser um ou outro.
Não saber se acabou,ou
se tudo começa denovo.


Estou esperando aqui
bem onde nos conhecemos.
Não é insâno e infantil
reviver o que terminamos?


Decadente sou.
Pois grito e silencío.
Avanço mas recuo.
Revivo, mas mortifico
.

domingo, 21 de dezembro de 2008

O próximo reinventar




A porta se fechou atrás de mim
e eu estive tanto tempo lá dentro
que esqueci de como é o resto.


E todo o resto
é tudo aqui fora
tudo de que não lembro.

Todas as guerras do homem
por pouco e muito
por nada e tudo.


E tudo que eu conhecia
ficou atrás daquela porta;
minha prisão voluntária.

E quando penso que
todo o resto que esqueci
é tudo que há para ver..


E quando vejo que
a insanidade me rodeia
e a todos a meu redor.

Mas não desespero
pois sempre haverá em algum olhar
um brilho inapagavel.


Mesmo que hajam
muitas e muitas razões
para se chorar.

Mesmo que pai mate filho,
irmão traia irmão
e o amor seja ecxeção..


E que a porta atrás de mim
tenha se fevhado,apesar,
de jamais ter estado aberta.

O pai da luz
sempre estará lá
mesmo que não estejamos aqui.


E as desgraças virão
de onde menos esperarmos
e de onde já prevíamos.

Os anos passarão
mesmo que não queiramos
e quando desejarmos.


E você conhecerá,quiçá
mais dia menos dia
o amor de sua vida.

Com todas as qualidades
e todos os defeitos
que você sempre desejou.


E alguém dirá
'eu te avisei'
e você sofrerá.

Sentiremos medo
das coisas que vemos
e das coisas que nos vêem.


Suór gelado,
calafrio que turva
pernas trêmulas.

Depois que atravessar a porta
dessa prisão voluntária
distánte de tudo.


O mundo começará.
O mundo te escutará.
O mundo tu escutarás.

E então a partir daí
como foi comigo
o sentido terá sentido.


O animal será amado
o ser humano odiado
e você restaurado.

Não importando
em que altura te encontras
a queda não ferirá.


Assim foi comigo.
Assim desse modo
redescobri o indescobrivel.

Reinventei a tudo
do lidar com as pessoas
ao não lidar.


Algo que aprendi
é que certas coisas
não devem ser confrontadas.

Certas mentiras
são como cristais
reluzindo muitas cores.


E certas verdades
são como estátuas
que devem ficar imóveis.

E mesmo confuso
você aprenderá essas máximas,
essas gotas de nada.


Que ferir um coração
mesmo se magoado,
não cura tua ferida.

Que quem ama
não maprisiona
e sim liberta.


Que a cura para nossos males
sempre estará inalcansavel
enquanto a chamarmos de cura.

Que o próximo, sempre será
Nosso próprio reflexo
enquanto estivermos olhando.