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domingo, 25 de abril de 2010

O que não esqueci


Como aconteceu?
como foi
que perdemos
o que já se esqueceu?

Mas sobretudo:

Como foi esquecido
o que
sem sombra de duvida
ocorreu com vc e comigo?

Pois quando fizemos
pareceu inesquecível
por isso volto e pergunto
Como foi que esquecemos?

Esquecemos de
como é ser 'dois'
De como viver o agora
e simplesmente esquecer o depois.

Não que o depois
não tenha sua importância.
Não afirmo isso.
Sou incapaz de tal arrogância.

Mas sentir o agora
em toda sua plenitude
é mais do que simples escolha:
é questão de atitude.

A oportunidade
que o agora nos traz
é sentida na hora e
jamais se desfaz.

Ser dois é pleno.
Ser mais que um
Estar ligado por um laço
a alguém em comum.

Comum mas não vulgar.
É como a diferença
entre parecer ser e
realmente estar.

Pareço ter esquecido
mas não esqueci.
Até parece banal,
mas eu sei o que vivi.

Durante anos
que pareceram dias
se vou colocar nesses termos,
foram outras melodias.

Agora a melodia é triste
e me sinto perdido.
Pois vc existe e gostaria
que jamais tivesse ido.

Ah!Se eu ao menos
tivesse te escutado
esses momentos pequenos
jamais teriam passado.

Amigos me dizem;
"Por que se tortura tanto?"
Mas à esses eu afirmo:
"Não entendem o meu pranto!"

Se eles tivessem tido
o que precisavam para viver
garanto e confirmo
que não iam assim esquecer!

Por que me torturo tanto?
Deve ser porque gosto, oxalá!
E o que tem de ver com isso?
Me deixem pra lá!


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#de minha autoria#

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A volta do parafuso


Então cheguei eu.
E me deparei com cena que
a bem da verdade não sei.

Cada coisa fora de seu lugar
aqui dentro e aí fora
e eu sem saber como posicionar.

E eu doidinho pra errar
porque assim porém talvez
viesse alguém pra me consolar.

A casa inteira mesmo
construída tijolo por tijolo
por simples e puro esmo.

E eu tentando entender
bem bobo mesmo, aquilo
que não se é possível compreender.

Muita pena eu senti
do homem punido por
tais erros que não vi.

E eu pensando que talvez,
que para ele se salvar
daria até minha vez.



II


O espelho quebrado na cômoda
como se por fora houvesse
qualquer tipo de feiura incomoda.

E não sei bem como
mas quando cheguei aqui
cheguei a tropicão e tombo.

E eu querendo ter um espelho
não para me ver, mas
para quebrar mesmo.

Mas já somos belos por dentro
então por que dar importância
ao destilar do mais simples veneno?

E eu podendo não estar
mas já estando no estrondo
da discussão a começar.

Como raio e trovão explodindo
sobre nossas cabeças
vêm sentenças colidindo.

Sentenças por crimes nossos
cujas punições deveriam ser
escolhidas pelos próprios queixosos.

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#de minha autoria#