um velho.
E era um desses
velhos solitários.
Pra ele as pessoas
e somente elas.
tem culpa de suas vidas.
É tudo uma questão,
de carma ele disse.
É tudo erosão que pode,
ser intraestelar.
Pra ele as coisas
não são - e mesmo;
ele diria - como parecem.
É tudo fumaça
fumaça e espelhos.
Luzes circundantes
e nenhum consenso.
Pra ele os outros
definitivamente são os outros.
E ele é só outro.
Parte 2
Era uma vez um garoto
que se achava sabido,
mas não sabia de nada.
Era uma vez um garoto,
que não sabia de nada,
mas era muito sabido.
E esse garoto já
nem era tão garoto.
Já era um jovenzinho.
Sobre as meninas ele,
ele pensava algo engraçado.
Que elas não ligavam pra ele.
Sobre os homens adultos,
ele pensava algo infeliz.
Que todos eram tristes.
Imagine !?
Não poder
catar trevo de quatro folhas ?
Imagine !?
Sem pipa ?
Sem amarelhinha ?
Não categórico.
Certo dia e certa,
feita do destino.
Se encontraram então
o velho e o menino.
O menino olhou primeiro,
o velho olhou primeiro.
Quando se aproximaram
o velho perguntou :
- Bom dia ?
E o garoto respondeu
- O que tem de bom ?
- Pra mim a luz..
não se espalha.
- Pra mim a luz..
nunca existiu.
_____________________________________________________________________DE MINHA AUTORIA ; fABIANO aBREU