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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O que escrevo


Perdi-me na minha bipolaridade
Eu era racional. Hoje me sinto agitado.
Tenho saudades de dias melhores
Minha vida passou por alguns testes
Anseio por melhora. Para mim é sempre uma luta.
Não tenho desânimo. Para mim o tempo urge. Lembro-me dos meus estágios.
Me comovo com o último emprego
Domingo é um dia de descanso
Estar bem é um motivo de alegria
A familia é um ponto de equilíbrio
Fechou-me os olhos. Choro sem lágrimas.
Amo em silêncio. Não sinto sono.
No espelho, vejo alguém que não sou eu
Me acho chato. Me perco na falta de sono.
Dentro de mim grito. Tenho a alma ferida.
Não perdi minha essência
A morte me assusta. Minha vida inteira me surpreende.
Agonia-me a mudança. Sinto ternura pelos bichos.
Sinto piedade pelos idosos. Tristes são os velhos do asilo.
Ninguém vai visitá-lo. O que me faltou foi sensibilidade.
Serei um novo homem. Não vivo sem lembranças.
Sou um homem de idéias. Sigo meu raciocínio .
Permaneço focado no que escrevo

(Autoria de Milton Magalhães Junior-RS)
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aí vão duas numa trombada só..

Primeiro: Aquela que ficou em 1° lugar e cujo autor faturou os 3 mil de premio.
Não acharia justo se eu fosse o primeiro, e um engraçadinho não quisesse publicar minha poesia por que acha que ela não merece.
Por isso vou optar pela imparcialidade;
Aí vai...



"Morte e amor"
Amor, te amo
Se não me amas,
A morte amo.





(De autoria de João Claudio Ferreira de Brito-RJ) ____________________________________________________________________


E aí vaí...

" Delírios do fim "


Parece em vão, mas é verdade
Eu não quero, não agora
Um pouco mais tarde
Pois há em mim saudade

O meu corpo quase inerte
Procura um só movimento
Pois quero tardar um pouco
Este indeciso momento

Que é para mim um cataclismo
De tão enorme tormento
Eu peço ao meu poderoso
Pousar esse momento

Por mais alguns segundos
Mas não adianta mais
Minha alma percorre o mundo
Por dentre os espinhais

Vou buscar o meu passado
Que um dia foi ao longo
De um horizonte distante
Que num minuto prolongo

Ouço passos apenas
De alguém suspirando
Suspiros quantos darei
Ainda estou delirando

Meu momento está próximo
Sinto os menores movimentos
Mas não consigo falar
Então eu qrito por dentro

Meu momento está próximo
É tarde demais para mim
Meus olhos já entreabertos
Fechan-se pra noite. O fim!

( De autoria de Mariza de Andrade Maracci- SP )

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Castelo confiança


Pedra sobre pedra
Força para montar
Medidas a ajustar

Para morar com segurança
Tem que ter a confiança
Em alguém pra apoiar

Não tem chuva, não tem vento
Nem tremor, nem pensamento
Já descanso bem tranquilo
Forte é o meu castelo
Forte é o meu abrigo

O arco-íris me garante
Sem compasso, sem as mãos
Só a voz e o coração

Outra pedra não tem vez
É a raiz que vem do fundo
Mais profundo que o mundo
Me garante a solidez

Submerso não será
Ainda que no litoral
Minha vitória é me contentar
Saber perder, saber ganhar


( de autoria de Davi Pereira da Silva- RJ )

domingo, 6 de setembro de 2009

O terceiro caminho

( Esta poesia ficou em 2° lugar no concurso )




O terceiro caminho
se desvia do óbvio.
Não é o bem,
nem o mal.
Não é o quente,
nem o frio.
Nem claro, nem escuro.
Mas nunca em cima
do muro.
Desvio sensato
É a destreza do ato
Usa de bom senso
Quando há um clima
Tenso, perigoso.
Nadando contra a
corrente.
Tomado a decisão
Que é pouco aceita
Navegando em alto-mar
Num barco aparentemente
frágil
Mas muito forte
Que não está relegado
à própria sorte.


(É de autoria de Thais carvalho Karbavac- SP)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Qualquer chave que faço, será sempre a chave errada.



I

Perdi a sanidade,mas
acho que me encontrei.
Queria um beijo dela,mas
acho que ela não sabe que sei.

Pois eu perdi meu ônibus,
mas conheci alguém.
Não quero mais você.
Conheça alguém sem sal também.

Perdi a virgindade
de partes minhas desconhecidas.
Roubei uma estranha virílidade
de belas-recém-adormecidas.

II


Encontrei meu criador enfim,
que não esclareceu duvida minha;
Quem afinal veio antes?
Foi o ovo ou foi a galinha?

Encontrei meu criador
enquanto fumava uma erva escondido.
Contei e ninguém me acreditou e
é só porque sou bêbado, ateu e fudido.

Encontrei um lar que era meu.
Encontrei essa casa abandonada,
da qual fui expulso por nada
pelos cães da burguesia não tão lesada.

III

Corri por ruas escuras,
e ninguém me segue ou seguia.
E das suas viélas tão claras
certamente eu nada entendia.

Corrí para ser abraçado por
seu abraço que não me espera ou esperava.
Caminhei mesmo contra vontade,
por uma voz qualquer que apressava.

Corri deste lado para o outro,
enquanto tentei chegar lá.
Corri, louco, só e nu por um deserto,
e nem assim pude descansar.


IV


Perdi toda tua inspiração,
pois acabou todo meu dinheiro.
E não pude entender tua escolha,
já que também sou filho de carpinteiro.

Perdi minha estimada e populosa,
Fazendinha de formigas amestradas.
Mas não ateei fogo, alaguei ou amaldiçoei
fazendas de pessoas confusas e assustadas.

Perdi dias pensando se
merecia perdão ou castigo,
o pai que tranca sem cópia da chave
seu filho do lado de fora do paraíso.


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