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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Não são sonetos

PARTE I


Sinta o amor que eu te peço
como se ele já existisse.
Morra a rosa que te dei
como se eu desistisse.


Dar-te a outro
que não meu peito.
Dar-me a outras que
que não suas mãos.


Sinta a falta que eu sinto
não porque me ama.
Sinta o medo que eu sinto,
que banaliza meu desespero.


Enxugue minhas lágrimas
se isso for possível.
Derrame algumas lágrimas
se isso for possível.


Não voe para perto
se isso te deixar longe.
Não voe para longe sem dizer
aonde é que fica 'longe'.


Desista
se eu não desistir.
Insista
se eu decidir desistir.


Não mate o mensageiro
com a carta de amor,
somente por que talvez...
eu seja o mensageiro.


Porque eu prometi
a mim mesmo
em um dia nebuloso
nunca e jamais te esquecer.


Mesmo quando
rasgasse tu meu peito.
Mesmo quando esqueces-te
só pra lembrar outra vez.


Na primeira vez
tive inocente rudeza.
Enfim, talvez por que
é infinita tua beleza.


Na segunda vez,
rejeitaste-me .
E não,..eu não acreditei.
Só queria que soubesse.


Não houve terceira vez.
Pelo menos não,
diante de teus olhos;
não para seus ouvidos.


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Minha autoria